A Rádio Ecclesia e a Relação com os Poderes Políticos
“O direito à informação, na nossa história sócio-cultural e política, foi sempre maltratado, monopolizado e filtrado: nem todos os cidadãos usufruíam ou usufruem desta nobre prerrogativa, por contados poderes políticos instalados que, por conveniência, nunca concorreram para a propagação da cultura duma informação plural, isenta, objectiva e verdadeira. No caso concreto, a rádio, para dizê-lo com o nosso autor, foi sempre usada, nos diferentes contextos, como um «instrumento político» exdusivamente ao serviço dos interesses propagandísticos dos poderes instituídos.” (†José Manuel lmbamba)
António Estêvão oferece aos leitores uma visão pormenorizada e a partir do interior sobre as relações entre a Igreja, a Rádio Ecclesia, o estado colonial em Angola e o estado angolano independente. Nestas páginas encontramos uma Igreja desagregada, uma instituição feita de pessoas, de compromissos, de valores e visões, que nem sempre concordam, mas que, podem ser uma mais-valia e um ponto forte. Revela-nos a complexidade da instituição, os seus atores e a sua luta para melhorar as condições de vida do povo angolano.
Marissa Moorman,
Professora, University of Wisconsin-Madison
António Estêvão realiza uma minuciosa recuperação de dados em torno do relevante tema escolhido: poder político, religião e comunicação. Estabelece o foco nas transformações da Rádio Ecclesia, em Angola, do colonialismo ao regime multipartidário. O cruzamento entre história e comunicação identifica os pontos de convergência, especialmente porque ao ter como objetivo recuperar os factos da emissora em questão faz a ponte com os diferentes momentos políticos. Este livro descreve a resiliência histórica da emissora católica angolana e dos seus líderes, demonstra o paradoxo entre cooperação institucional e conflito na relação governo/igreja.
Mágda Rodrigues da Cunha
Professora, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
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