O Inviolável e o Intocável no direito Processual Penal
O inviolável e o intocável no direito processual penal
Reflexões sobre dignidade humana, proibições de prova, proteção de dados (e separação informacional de poderes) diante da persecução penal
A presente coletânea oferece ao público brasileiro três estudos do processualista e penalista Jürgen Wolter, catedrático emérito da Universidade de Mannheim, Alemanha, sobre o atual papel do direito processual penal diante da pressão por relativizar, em nome da segurança e do combate ao crime, o “intocável”, que é aquilo que não se pode ponderar (isto é, principalmente, a dignidade humana); pressão essa que se faz sentir no setor das proibições de prova, em que, além do problema do aproveitamento de provas ilícitas, colocam-se problemas relativos a provas lícitas, obtidas por circunvenção das regras sobre a obtenção da prova, ou de forma ou fortuita; e no âmbito da coleta de informações, em que verifica um Estado cada vez mais disposto a devassar suspeitos e terceiros não-suspeitos e não-implicados, que potencialmente tudo sabe, e que por isso tem de ser submetido a novos princípios de proteção da personalidade (proteção de dados, separação informacional de poderes).
Jürgen Wolter
É Professor Catedrático Emérito de Direito Penal, Direito Processual Penal e Teoria do Direito da Universidade de Mannheim, Alemanha.
Organização e Introdução: Luís Greco
Tradução: Luís Greco, Alaor Leite, Eduardo Viana
Referências dos originais:
Menschenwürde und Freiheit im Strafprozeß, in: Geppert/Dehnicke (orgs.), Gedächtnisschrift für Karlheinz Meyer.
Beweisverbote und Umgehungsverbote zwischen Wahrheitserforschung und Ausforschung, in: Roxin/Widmaier (orgs.), 50 Jahre Bundesgerichtshof. Festgabe aus der Wissenschaft.
Datenschutz und Strafprozeß. Zum Verhältnis von Polizeirecht und Strafprozeßrecht, in: ZStW 107.
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