Escudo de Vidro
Quais são as consequências de nossas ações? Temos a capacidade de nos colocarmos no lugar do outro? Improvisamos em assuntos que requerem muito preparo? Julgamos ou tentamos compreender?
Em meio a esses questionamentos, dentre tantos mais, o autor desenvolve a emocionante trama, que traz como um dos principais personagens o renomado advogado criminalista Waldorf. Ele tem pela frente o caso mais desafiador de sua carreira: auxiliar na defesa do juiz Freitas, seu pai, envolvido em um rumoroso caso de corrupção. Driblando uma agenda de viagens e muitos compromissos profissionais, Waldorf está empenhado em tentar desvendar o que de fato aconteceu, tarefa que contará com o auxílio de um grande amigo, Rolf, um advogado especialista em crimes financeiros.
Os dramas e angústias vivenciados pelo juiz Freitas e suas reflexões sobre alguns dos casos que passaram por suas lentes são relatados de forma instigante e permeiam toda a trama. “Viver é um constante risco. Maior ou menor, mas sempre presente. Às ações, as inevitáveis reações; causa e efeito. Àquele que julga, tudo é potencializado. É conviver com a dura missão de lidar posteriormente com os próprios erros, com o inevitável sentimento de que poderia ter feito diferente. E mesmo nos acertos, a absoluta certeza de que interferiu, para o bem ou para o mal, na vida de alguém”, diz o autor.
Mesmo com a profundidade de muitos dos temas, a linguagem é simples e nada tem a ver com a do Direito, como ressalta o escritor em sua introdução à obra. O desenrolar do caso é o pano de fundo para muitas das dúvidas que inquietam os principais personagens, bem como para algumas passagens sobre lugares e artes, tornando a leitura mais leve e prazerosa.
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