«Burro velho não aprende línguas». «Aprender até morrer». Afinal em que ficamos? Eis a resposta, não muito confortável para quem procura orientações lineares: as duas afirmações são verdadeiras.
A prática da liderança é um exercício complexo, pleno de (aparentes?) contradições, podendo colocar o líder em situações de tensão que o conduzem a decisões erradas, à exaustão e, em casos extremos, à inação. Mas liderar é precisamente enfrentar estas contradições – é nelas que se revelam os verdadeiros líderes.
Inovar e ser cauteloso; exigir e mimar; exercer autoridade e partilhá-la; mostrar força sem medo de mostrar vulnerabilidades; dar mas também receber; mostrar coragem mas também prudência – todas estas combinações são comuns a muitos líderes que se distinguiram.
Neste livro, os autores dão conta de inúmeros desafios deste teor que se erguem no percurso de quem lidera. A eficácia dos líderes depende da capacidade de viverem entre desafios de sentido contrário e deles saberem tirar o melhor partido. Liderar bem é saber não cair da corda bamba. A realidade, aquilo que determina as nossas ações e reações, é bem menos linear do que aquilo que está escrito nos manuais que ensinam o caminho da perfeição. Tendo consciência de que se fosse fácil, a solução já teria sido publicada, os autores sugerem que o sucesso de Mandela, Gandhi ou Lincoln e outros grandes líderes políticos e empresariais assentaram, em grande medida, na sua sabedoria para enfrentar tensões e contradições e resolver os paradoxos com que se depararam.
O livro está repleto de exemplos, e o leitor poderá sentir-se retratado em muitas das situações nele expostas. É precisamente este o objetivo: que o livro ajude o leitor a lidar com os paradoxos da vida
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